Especialização em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial

As disfunções temporomandibulares (DTM) e outras condições de dor orofacial, incluem uma grande quantidade de problemas não resolvidos para a profissão odontológica e para o povo em geral. Coletivamente, eles são um significativo problema de saúde pública, com uma prevalência equivalente a outras das mais importantes doenças que ocorrem na área da odontologia. As disfunções temporomandibulares propriamente ditas, incluem um grupo de problemas clínicos que incluem os músculos da mastigação, as articulações temporomandibulares, ou ambos. Esses problemas são considerados como uma subclassificação das disfunções músculo-esqueléticas, e já foram identificados como sendo uma das maiores causas de dor na região orofacial. O sintoma mais comumente presente é a dor, que é frequentemente agravada pela mastigação ou outra função mandibular. A dor pode também estar acompanhada por limitação dos movimentos mandibulares, sensibilidade muscular à palpação, articulação dolorida ou ruídos articulares. Além disso uma dor na região orofacial, pode interferir seriamente na qualidade de vida do indivíduo.

Sinais e sintomas de DTM podem estar associados, tanto com condições específicas das articulações temporomandibulares tais como artrites, artroses, capsulites, desordens do disco articular, como com alterações nos músculos mastigatórios como espasmos, contraturas, miosites. Hábitos orais como o bruxismo e suas possíveis sequelas (desgaste excessivo dos dentes ou mobilidade dentária), podem ser problemas relacionados. Além disso, fatores comportamentais e psicossociais, aparecem associados a muitas dessas alterações, e devem merecer uma atenta consideração quando se estiver tratando tais pacientes. Isto é particularmente importante, quando a dor for crônica. Uma dor na região orofacial pode também ser originária de doenças dentárias, neurológicas, otorrinolaringológicas, vasculares, neoplásicas ou infecciosas, isto é, sem relação com problemas na ATM ou nos músculos mastigatórios. Todos os fatores mencionados devem ser obrigatoriamente considerados, durante o processo de estabelecimento de um diagnóstico diferencial. O tratamento de pacientes com dores orofaciais, especialmente as crônicas, requer um adequado conhecimento (e sua aplicação), de aspectos importantes de medicina e psicologia clínica, além daqueles de odontologia. Um diagnóstico diferencial cientificamente embasado, evita tratamentos desnecessários, invasivos, irreversíveis e muitas vezes iatrogênicos. Além disso, o estudo dos distúrbios do sono, polissonografia, bruxismo do sono, ronco e apneia do sono são de grande importância para um diagnóstico correto e tratamento adequado.

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